sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O MASSACRE DA POPULAÇÃO CIVIL CONTINUA NO EGITO.

"Dia de cólera" no Egito começa com tiroteios e relatos de mortos

Fonte: DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIA

Os partidários do presidente deposto do Egito Mohammed Mursi começam nesta sexta-feira uma série de protestos contra o governo interino do país, no que foi chamado "dia da fúria" pela Irmandade Muçulmana. Nas primeiras horas de protesto, pelo menos 17 pessoas morreram.

As manifestações foram convocadas dois dias após o massacre ocorrido na operação policial que desalojou dois acampamentos da Irmandade Muçulmana, entidade a que Mursi é filiado, que deixou pelo menos 638 mortos e mais de 4.000 feridos.

Os acampamentos haviam sido montados em 3 de julho, dia em que o mandatário foi deposto por militares. Desde então, os islamitas protestam contra a operação, considerada um golpe de Estado, e se recusam a negociar com o governo interino, formado, em sua maioria, por liberais.

Confrontos em 'dia de fúria' no Egito

Louafi Larbi/Reuters
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Manifestantes entram em confronto com a polícia no Cairo
No Cairo, onde estão previstas 28 marchas que se encontrarão na praça Ramsés, no centro da cidade, são ouvidos tiroteios entre manifestantes e a polícia. Milhares de islamitas ocupam as principais ruas, pontes e praças da capital egípcia.

Segundo testemunhas, quatro manifestantes morreram em uma das praças do centro da cidade após serem baleados por militares. Mais cedo, um policial foi morto em uma emboscada montada por islamitas em um bairro da periferia cairota.

Houve confrontos violentos em Damietta, na costa do Mediterrâneo, onde oito pessoas, sendo cinco islamitas, morreram após enfrentamentos com a polícia. Em Ismailya, são quatro os manifestantes mortos durante tiroteio entre islamitas e as forças de segurança.

Com as promessas das forças de segurança de reprimir tentativas de depredar edifícios governamentais, usando munição letal, é esperada para hoje uma nova onda de confrontos violentos no país. Eles prometem prometer o toque de recolher, estipulado por enquanto para a partir das 21h locais (às 16h, em Brasília).

Devem ser ao todo 28 marchas no Cairo. O grupo de ativistas Tamarod pediu, em rede nacional, que cidadãos tomem as ruas para proteger o povo egípcio dos manifestantes islamitas, em especial impedindo que se repitam os ataques a mesquitas e igrejas.

As Nações Unidas pediram que ambas as partes usem "máxima contenção", diante da perspectiva de ser deflagrada no Egito uma guerra civil. O massacre de quarta-feira está sendo considerado o dia mais violento na história moderna do Egito.

A crise política foi iniciada em 3 de julho, com a deposição do presidente islamita Mohammed Mursi, hoje detido em local desconhecido. Após milhões terem ido às ruas pedindo sua renúncia, diante do fiasco econômico, as Forças Armadas tomaram a si a tarefa de impor uma transição política no país.

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